quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vírgula pergunta: Salve Jorge do quê?

Minha sugestão de logotipo para a novela. (Alô, Hans Donner! Olha eu aqui!)
Olá. Eu sou a vírgula.

Sei que ando meio desaparecida, especialmente em tempos de redes sociais, em que ninguém me oferece uma oportunidade. Desde a minha última carta, muita coisa aconteceu e decidi que era hora de me manifestar, antes que eu caia de vez no esquecimento.

Quem acompanha minha carreira sabe que eu e os vocativos sempre andamos juntos. Quer dizer, eu sempre o separando do resto da frase. Agora, me vem essa novela, "Salve Jorge", que não diz de que ameaça o tal do Jorge deve ser salvo (só espero que não seja de mim). Deve ser do mau uso da língua portuguesa mesmo. Pois, se fosse para louvar alguém, a minha presença seria indispensável. Tudo bem, eu sei que eu não ajudo a salvar ninguém.

Cheguei até a pensar se não se tratava de uma continuação da novela anterior, ou de uma tentativa de pegar carona no seu sucesso, já que o enredo seria semelhante: salvar Jorge (tanto o Tufão quanto o Jorginho) das garras de Carminha.

Ok, com todo respeito aos santos e galãs envolvidos, salvem o Jorge, mas não esqueçam da vírgula (adoro falar na terceira pessoa). Afinal, se meu uso fosse mesmo dispensável, torcedores bradariam "chupa Palmeiras" e "chupa Corinthians", o que tornaria a missão do ofendido bem mais difícil. Não me deixem só!

Cordialmente,
Vírgula

Mais sobre agressões à língua portuguesa:
Dicionário Rio x São Paulo de Gírias e Afins
Vida de aspas é difícil
Carta da vírgula na era da exclamação
Reforma Hortográfica e a Nova Dramática Brasileira
Publicidade desserviço(ou: As piores estratégias de marketing)
Dicionário Rio x São Paulo de Gírias e Afins

*Baseado em excelente sugestão do leitor Marcelo Medeiros.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nabo revela estar cansado de fingir que é arroz de sushi. Cenoura desabafa: "não sou salmão"

Nabo em momento família, antes de virar comida japonesa
Desde que a comida japonesa foi inventada no Brasil, ele ocupa lugar cativo como coadjuvante nas barcas e bandejas de madeira que servem combinados infinitos de peixe cru na forma de sushi e sashimi. Avesso aos holofotes da mídia, devido a anos (ôpa!) de difamação em trocadilhos sem graça e de conotação sexual, ele aceitou conceder essa entrevista a este blog, especializado em entrevistar vegetais. Com vocês, o nabo.

Por que você resolveu falar?
Nabo: Cansei de viver no ostracismo, sabe? As pessoas só lembram de mim quando o molho shoyu cai na roupa, porque algum desocupado inventou que eu sirvo para chupar aquela poça. Mas ninguém se preocupa se eu tenho problema de pressão alta e se eu posso ficar tomando tanto sódio assim. Além disso, eu odeio molho de soja!

Você tem alguma mágoa?
Nabo: Muitas. Não bastasse eu ter passado a infância sendo vítima de bullying e servindo a trocadilhos infames como "nabo nada não vai dinha?", uma frase que nem faz sentido, agora tenho que passar a vida adulta fingindo que sou arroz. Sushi e sashimi não são comidas light. As pessoas não engordam porque comem muito menos do que acham que veio na bandeja.

Mas isso é uma denúncia muito grave...
Nabo: Pois é. Mas é porque eu frequento as cozinhas dos melhores restaurantes japoneses e sei que, por trás de todo esse papo de que nabo é comida japonesa, eu tenho sido usado cada vez mais para fingir que sou arroz e que tem muito mais sushi do que realmente vem no prato.

E como você descobriu isso?
Nabo: Bem, depois de anos indo para a mesa e voltando para a cozinha sem ninguém nem encostar em mim e, depois, retornando em outros pratos para outras mesas, não foi difícil perceber que eu estou sendo usado para parecer que tem muito mais sushi do que realmente tem na bandeja. Mas quem me abriu os olhos foi a cenoura.

A cenoura?
Nabo: Claro. Porque eles não me mandam mais sozinho para a mesa agora. Eu vou sempre com a cenoura, também ralada, por cima, fingindo que é salmão! Não dá outra: ela também fica indo e voltando pra mesa o dia todo, sem ninguém nem encostar nela. Ou alguém acha que, se o sushi fosse azul, ele também viria acompanhado de tanto nabo e cenoura?

Mas o que você espera agora, falando isso tudo?
Nabo: Reconhecimento. Só eu sei quantos primeiros encontros eu já salvei limpando a roupa do marmanjo que tentava impressionar a gatinha com suas habilidades para comer de pauzinho. Que culpa tenho eu se as pessoas não têm coordenação motora e ainda resolvem sair de roupa branca para comer comida japonesa? A mim mesmo, ninguém come! Ninguém aguenta viver esse desprezo para sempre.

Como você acha que isso começou?
Nabo: É um problema que começou em casa, eu reconheço. É muito difícil crescer numa família sendo comparado o tempo inteiro com a batata, tão versátil e amada pelo mundo todo. Eu sei que eu não tenho o charme dela, sou meio sem sal mesmo. Mas, se pelo menos me respeitassem pelo meu tamanho, como fazem com a mandioca...

*A entrevista, cedida num restaurante japonês no Itaim, teve de ser interrompida porque caiu molho de soja na camisa branca do repórter, que não teve outra opção senão utilizar o entrevistado para poder voltar com a roupa limpa (na verdade, apenas menos suja) para a redação.

Outros posts gastronômicos e entrevistas reveladoras:
Direito de Resposta: Tomate, o Injustiçado
Entrevista com: alho-poró, o novo tomate seco
Des(cons)truindo a cozinha contemporânea
Entrevistamos: Urânio Enriquecido

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Avenida Brasil e Star Wars: cretinas semelhanças

Se você acha que já leu todo tipo de análise bizarra sobre Avenida Brasil, você está enganado(a). Num exercício de criatividade (e falta do que fazer) intensa, este blog percebeu algumas semelhanças entre a novela das nove e Star Wars. (Sim, a saga da família Vader.) Para início de conversa, as duas histórias começam na metade e seus espectadores só se dão conta disso do meio (da metade) para o fim, ou quando as explicações começam a surgir. Outro ponto crucial e semelhante é a trama principal: um jovem galã que não sabe quem são seus pais de verdade e rejeita suas origens quando as descobre. O resto, você confere aqui embaixo:

Max / Darth Vader
É o progenitor malvado do herói, a quem abandonou para ser criado por outra família e de quem vira inimigo na vida adulta, travando brigas violentas antes (e depois) de se revelar como seu pai biológico, o que só ocorre do meio para o fim da trama. Migrou para o lado negro da Força, ninguém sabe direito quando e por quê, e, ao longo da história, faz o público passar a ter pena dele e querer saber o que aconteceu antes de a novela/a série original começar. Adora usar roupa preta e morre no fim da trama.

Carminha / Darth Sidious (o "Imperador")
Foi quem levou o pai biológico do nosso herói para o lado negro da Força. É o(a) mentor(a) das suas maldades do pai biológico do nosso herói. Manipula o herói e o seu pai biológico. Tem ambições políticas e quer dominar o mundo (na verdade, um pouco mais do que isso na saga estelar).

Casa dos Tufão/ Estrela da Morte
Principal cenário da trama, comandado com braço de ferro pela(o) grande vilã(o), ofusca e intimida tudo o que estiver em volta. Embora seja cercada de segurança, qualquer um entra com facilidade e com frequência.

Nina / Princesa Leia
A heroína. Tem um affair com o herói da história no início da trama sem saber que laços os unem. Invade o território do inimigo para destruí-lo. Na novela, usa os poderes Jedi da família para se desenterrar de buracos profundos e seduzir homens. (Favor ignorar as diferenças entre as relações com o herói nas duas tramas.)

Zezé e Janaína / Stormtroopers
São os pés-de-boi da trama, quem realmente trabalha, coloca a mão na massa, sempre (ou quase) vistos(as) de uniforme e responsáveis por algumas das melhores cenas. Servem ao lado negro da Força por necessidade, não que aprovem as atitudes da chefia, mas desconfiam da mocinha. "Eu só trabalho aqui" é seu lema.

Jorginho / Luke Skywalker
É o herói e galã da trama, usa camisa com gola em "V", mas não resolve nada sozinho e passa toda a história tentando entender o que aconteceu nos capítulos anteriores ao início (assim como faz a audiência), ainda que não consiga lidar com a verdade. Sai na porrada com o pai biológico diversas vezes, antes e mesmo depois de saber da sua ligação sanguínea. Foi criado por outra família enquanto seu pai praticava maldades mundo afora.

Leleco / C-3PO
Só fala bobagem, mas torna a trama mais divertida e acaba fazendo muita gente parar para assistir. Ou dizer que é tudo uma grande besteira mesmo.

Ágata / R2-D2
Mascote da turma, não só pelo tamanho e forma. Só se ferra, apanha à beça, mas continua lá de pé, alegre e contente.

Tufão / Obi-Wan Kenobi
O grande mentor e pai de criação do nosso herói. Dono de habilidades que o discípulo admira e tenta desenvolver, sem muito sucesso.

Ewoks / Crianças do Lixão
Seres fofinhos e guerreiros que vivem num mundo que não existe. Ninguém entende direito o que eles falam, mas garantem a audiência infantil, que se identifica com eles. Adoram a mocinha e salvam os heróis algumas vezes. Vivem felizes mesmo sem terem muito motivo (aparentemente) para isso.

Moto da Nina / Moto dos Stormtroopers
Chega ao outro lado do planeta (ou vai do Divino à Zona Sul) em duas cenas, sem ninguém perceber que ela saiu da cozinha enquanto fazia o almoço e foi "buscar uns temperos no Leblon".

Ivana / Jar Jar Binks
Ser irritante, sem utilidade para a trama, fala feito idiota uma língua infantil e desperta a revolta em todos que assistem a obra. Se relaciona com o vilão da história sem fazer ideia do monstro que ele é ou será.

Adauto / Chewbacca
O ingênuo da trama. Nem sempre o que ele fala faz sentido, mas é quem conserta as coisas quando elas quebram ou dão errado.

Cadinho / Han Solo
O bonitão e sedutor das mulheres na trama, curte andar com a camisa meio aberta e garante a audiência feminina.

Jabba the Hutt / Nilo
Meio nojento, meio mercenário, malvado a princípio, mas, ao longo da trama (na verdade, ao desvendar o que aconteceu antes da trama original), você percebe que é só alguém que foi muito maltratado pela vida, e que tem boas intenções, pelo menos na origem.

Santiago / Mestre Yoda
Velho (aparentemente) bonzinho que surge no meio da trama para dar algum sentido e contar sobre o passado do herói, ainda que fale de forma cifrada e, num primeiro momento, seja difícil entender o que ele fala. Carrega brinquedos legais.

Mais sobre a novela:
A seguir, cenas dos próximos capítulos
Avenida Brasil não terá fim, atendendo Procon. Emigração explode com receio de fim da novela
Extra! Carminha e Max começaram em Vale Tudo!
E se a Avenida Brasil da novela fosse a de SP?
Álbum de Figurinhas Avenida Brasil
Nina ensina como se dar bem na carreira
Carminha declara apoio a Haddad
A Nina Pira

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tipos de Espectador

Wagner Moura interpretando um dos tipos de espectadores mais detestados pelo
público: o que sobe no palco, canta no lugar do artista e ainda desafina
Pode ser em show, no cinema ou no teatro, ele está lá. É o sujeito que pagou a mesma coisa que você, mas acha que o ingresso dele dá direito a ocupar mais espaço do que o seu. E isso te faz ter dúvidas se você está mesmo preparado(a) para viver em sociedade, pois não entende por que precisa compartilhar momentos de diversão com gente desconhecida. Você consegue até entender os excêntricos bilionários, que pagam fortunas por shows particulares. Por isso, sai do evento e promete fazer uma aposta na próxima Mega-Sena acumulada. Em meio à safra recente de shows, e faltando menos de um ano para o Rock in Rio 2013 (no Rio!), este blog decidiu criar este "manual", com estilos de espectador. Na verdade, esta lista não vai te ajudar em nada, apenas dá nomes aos tipos de pessoas com as quais você terá de conviver por pelo menos as próximas duas horas:

Casal Emo ou Bebejão
Pelo menos um deles, com certeza, não sabe o que está fazendo ali e fica só enchendo o saco do outro, fazendo carinhos infantis ou falando feito retardado.

Camarote
A queridona que resolve subir nos ombros do namorado para ver o show de um ponto de vista melhor. Melhor só para ela, claro. Com frequência, o problema é resolvido quando alguém acerta uma lata (vazia, gente, por favor) na cabeça da infeliz. O problema é se o namorado dela for um pitboy, o que também é frequente.

Cheia de Charme
É o(a) que acha que o show é dele(a) e quer cantar mais alto do que a banda e o resto da plateia somadas.

Cineasta
É o sujeito que acredita no lema "um iPhone na mão e nada na cabeça", e passa o show inteiro filmando, achando que está com uma Super-8, o barulho ambiente é só um detalhe, e que a imagem vai ficar ótima e fazê-lo lembrar daquela sensação ímpar de estar curtindo a sua banda favorita com o braço gangrenando no alto, sem curtir o show nem deixar o baixinho que está atrás ver nada. Acredita realmente que aquelas imagens estão incríveis e que alguém (ele, inclusive) vai parar algum dia em casa para ver. Perde o melhor do show, ou ele todo, se não tiver a sorte de ficar sem bateria.

DJ
É o que acha que a banda é jukebox e passa o show inteiro pedindo para tocar outra música, que obviamente não está no repertório, tipo "Andança" ou alguma do Raul.

Drive Thru ou Home Theater
O cheiro fala por si. É o sujeito que acha que está em casa e leva a refeição completa do Mc Donald's para o cinema.

Eco
É o que repete tudo que o artista fala, porque acha que só ele ouviu ou entendeu.

Encantador de pássaros ou Afliceta
A música pode estar sendo tocada à capela, mas é você que vai rezar para ele(a) parar de gritar, ou parar de assobiar de forma estridente, e te deixar ouvir alguma coisa.

Entendido ou Roadie
O cara que leu tudo sobre o show, a banda, o filme e, por isso mesmo, acha que tudo isso é mais importante do que o evento em si e fica arrotando conhecimento durante duas horas, comentando até sobre o peso da cantora, sem deixar os amigos dele (e o mais novo inimigo: você) assistirem o show/filme direito. Sua presença é altamente dispensável, inclusive para ele mesmo, que se acha mais expert do que os artistas envolvidos. Conhece todas as músicas melhor do que o artista ou do que o vocalista (que foi trocado depois da overdose do da formação original no ano passado) e também acha que o show é dele.

Facebooker ou Blogueiro Tiozão
Fica escrevendo sacadas geniais durante o show em vez de curtir, ou fica tuitando durante o filme e acha que aquela luz no meio do filme não incomoda ninguém.

"Fiz escova hoje"
Típica presença em shows de música com pista. É a vagaranha que fica chicoteando todo mundo com seu cabelo alisado.

Gavião ou Urubu
O mané que vai ao show pouco interessado nas músicas, mas pela pegação e logicamente incomoda quem estiver lá para assistir ao evento, porque fica circulando, ciscando e puxando assunto com as moçoilas.

"Gostou da minha escova?"
É a coitada que só foi ao show para acompanhar o peguete e ver se ele vira namoradete. Foi toda produzida, maquiada e tal, e nem presta atenção no show. Fica tentando puxar assunto o tempo inteiro, e o cara lá querendo ver o Axl Rose dar um mosh e matar cinco fãs.

Hey Jude
É o cara que ainda leva isqueiro para o estádio, mesmo que seja proibido fumar em quase todos os lugares hoje em dia, só para poder colocá-lo para cima aceso durante aquela balada romântica, enquanto todos estiverem com o celular na mesma posição.

Jogador de War
Nem ele sabe direito qual seu objetivo, mas sabe que tem que conquistar territórios. Por isso, não para quieto e fica perambulando o show todo, com a ilusão de que de algum lugar a vista será melhor. Ou que ele(a) crescerá alguns centímetros.

Karaokê ou Wagner Moura
É o sujeito que sobe no palco, muitas vezes convidado pela própria banda, e acha que canta melhor do que o vocalista original, mas, obviamente só desafina. Muitas vezes, nem canta tão mal, mas incomoda por pura inveja dos demais espectadores, que queriam estar ali. O problema maior é quando este tipo de espectador não interrompe a cantoria quando o show acaba e segue cantando (alto) pela rua, nos ônibus da vida e ambientes de trabalho. (Quem nunca?)

Mãe Dinah ou Spoiler
Não basta ser narrador para a sua namorada. Tem que estragar o filme ou o show de todos e contar exatamente o que vai acontecer agora para todo mundo ouvir. Afinal, você leu na Veja, né, espertão?

Mobral
É o tiozão (ou tiazona) com mais de 50 anos que leva uma carteirinha de estudante notadamente falsa para pagar meia-entrada.

Napoleão
É o que acha que o show é só para ele. Fica dançando como se estivesse numa pista de dança particular.

Narrador ou Papagaio
É o mais típico. É o sujeito que comenta cada cena do filme com a namorada, que deve precisar de ajuda mesmo, já que atura um mala desses. Na versão "papagaio", repete tudo o que a estrela do show ou do filme fala, como se só ele(a) estivesse ouvindo e todo o resto das pessoas que foram com ele fossem surdas.

Paulistano
Leva a sério quando a banda para de tocar e nem espera o bis, porque quer sair correndo para pegar o carro antes que todo mundo saia junto, mas só consegue garantir sua participação em mais um engarrafamento de mais de duas horas só para sair do estacionamento.

Poste
Ao contrário do que o nome pode sugerir, ela anda. Até encontrar um lugar exatamente na sua frente. Logicamente, é mais alto do que você.

Precoce
É o sujeito com menos de 50 anos que leva identidade falsa de mais de 65 para pagar meia-entrada.

Rolha ou Totem
Tipo presente e bastante frequente no transporte público brasileiro, em shows é aquele que resolve procurar o ingresso na hora que chega a tua vez de passar, pois não sabia que era necessário entregá-lo. Com frequência, esqueceu o documento em casa e leva vaias de todos que esperaram os últimos cinco minutos atrás (normalmente, dura 20 segundos todo o processo, mas a sensação de quem quer, ansioso, ver o show é de muito tempo). Depois que entra, escolhe um lugar (ruim) e fica parado sem deixar ninguém passar.

Telemarketing ou Plantonista
O sujeito que "esquece" de desligar o celular e, pior ainda, não esquece de atendê-lo durante o filme. Como é muito educado, depois de cinco minutos, ele avisa ao seu interlocutor: "não posso falar agora, estou no cinema". Que bom que ele(a) sabe. Deve ser uma pessoa muito importante, que não deveria nem ir ao cinema, para poder esperar essa ligação.

Telespectador
O cidadão que chega, vai correndo lá para a (sua) frente, parecendo que está doido para ver o artista mais de perto, quando na verdade ele vai passar o evento inteiro olhando para o telão (não é um problema no caso de cinema, claro).

Tia Augusta
Aquela infeliz que fez chapinha antes de sair de casa e saca um guarda-chuva da bolsa assim que cai uma gota d'água do céu. Porque suor e outros fluidos dos outros, tudo bem, mas chuva arruína qualquer penteado. Claro que ela nem liga se a galera de trás também quiser ver o show.

Tim Maia ou Técnico de Som
O que passa o show todo reclamando que o som está baixo, pedindo para regular os agudos e graves.

TOC ou "Passei meu Carnaval no Rio"
Fica checando toda hora os bolsos para saber se celular e carteira continuam no lugar.

Tiozão
Vai sozinho pro show, para poder escolher o melhor lugar para ficar sem ter que ouvir a opinião de ninguém. Como já não liga muito para o que os outros pensam, está quase sempre fora do tema (e de forma), tipo usando camiseta branca num show de emo/metaleiros, que se acham super ameaçadores porque usam preto.

Trem da Alegria
Aquela turminha que nunca acha um lugar bom o suficiente para o preço que eles pagaram naquela meia-entrada com carteira de estudante falsa e fica circulando no meio de quem só quer ver (ou ouvir) o show, procurando lugar.

Usucapião
É o sujeito que chegou antes e acha que, por isso, é dono do lugar do evento inteiro, mesmo que não seja com assentos numerados. Ai de quem se posicionar perto.

Varize
Com frequência, especialmente no cinema, é o cara que acha bacana colocar os pés nos bancos da frente, ou do lado, estejam eles vazios ou não. Deve ter algum problema de circulação, só isso explica.

VIP
Sem sombra de dúvida, o ser mais hediondo de todos os possíveis para se encontrar (ou saber da existência) em shows e eventos, rivalizando de perto com o sujeito que coloca os pés na cadeira do cinema. É o cara que consegue lugar especial até em eventos em área pública, como shows na praia e em parques, bancado pelo patrocinador, que quer aparecer em Caras. Normalmente, não faz ideia do que a banda toca (pois também foi lá porque disseram que a Caras iria), mas é o único que tem algum conforto no evento, sem ter precisado fazer qualquer esforço para isso, e também só está ali para tirar fotos para as colunas e redes sociais.

Outros tipos e posts sociológicos:
Tipos de Espectador
Tipos de Passageiros
Irrite um rico
Classe média sofre quando...
Manifesto sobre a Pobreza
Ensaio sobre a Obesidade
Viver a especulação imobiliária é...
Conselhos do Tio Vader
Glossário do Caos Aéreo (ou "Desde que Muprhy virou controlador de voo")
Glossário da Bolha Imobiliária Brasileira

Coisas das quais ainda vamos rir. Muito
Diálogos que adoraríamos ver na TV

sábado, 6 de outubro de 2012

Neste Dia do Professor

Ao ouvir o slogan da revista Nova Escola no rádio, "a revista de quem educa", não pude evitar escutar, na verdade, outra coisa. Portanto, segue uma singela sugestão para homenagear e reconhecer quem tanto faz por este país. Feliz Dia dos Professores!

Outras homenagens:
Viva o Dia das Crianças!
Feliz Dia dos Irmãos!
Dia de Jornalista
Feliz Dia dos Pais
Feliz Dia do Rock(y)
Dia do Amigo
Homenagem para o Dia das Mães
Para o Dia dos Namorados
Tecnologia para Leigos