terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Aviso de Férias

Prezados três leitores, o Blog do Jorge está de férias até o Carnaval (caso sua vida esteja tão chata a ponto de ainda não saber, é dia 12 de fevereiro, começando no sábado anterior para quem não quis ser jornalista). Aproveite este tempinho para ler os posts antigos. Tá, tudo bem, não precisa tanto, mas vai ler um livro, para não correr o risco de achar outro blog mais legal. Após o sinal, queira deixar o seu recado. Obrigado.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Êishtra! Ésstra! Mesmo supermercado tem nome diferente no Rio e em SP!

Nessa véspera de aniversário de São Paulo, quem ganha o presente é você, que usa os comerciais na TV para provar que o seu sotaque é o certo. Uma revelação: a publicidade do hipermercado Extra tem versões com sotaques diferentes para a mesma peça publicitária. Veja abaixo. A dúvida que permanece é sobre qual é a voz de verdade da apresentadora e qual comercial é dublado (provavelmente, o do Rio, que fala "o maior Natal de todossshhh" e parece ter escolhido os locutores na praia de Ipanema, ou na Tijuca mesmo).

Versão paulistana de propaganda do supermercado Ésstra:


Versão carioca do mesmo comercial, só que do Êishtra:


E o que isso muda na sua vida? Absolutamente, nada.

*Trecho extraído do extenso post "Rio x São Paulo: Manual de Adaptação" (vale a leitura).

Com este brilhante furo jornalístico, este blog entra de férias e retorna após o Carnaval, que, caso a sua vida esteja tão ruim que você nem sabe quando é, é no dia 12 de fevereiro, começando logicamente no sábado anterior e terminando no domingo seguinte. (Nesse caso, aproveite o tempo para ler os posts antigos do blog, navegando aqui embaixo ou do lado. Duvido que você já tenha lido tudo, ou que queira isso).


Mais sobre as diferenças entre Rio e SP:
Rio x São Paulo: Manual de Adaptação
Como seriam Rio e SP se fossem iguais à publicidade e à TV
Manifesto Carnavalesco Paulistano
Saint Paul: São Paulo para gringos
Dicionário Rio x São Paulo de Gírias e Afins
E se a Avenida Brasil da novela fosse a de SP?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O jornalismo como ele é


E vem aí mais um "dia do jornalista": é o Dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas (24 de janeiro). Como jornalista adora uma efeméride para justificar suas pautas, segue aqui um breve e modesto manual de como sobreviver a esta profissão, seja você um representante dela ou um nobre leitor. Se persistirem os sintomas, procure outra carreira.

O que entender quando o jornal diz a seus leitores:
"Crime que chocou o país" = "Foi na Zona Sul do Rio, ou na Vila Nova Conceição em São Paulo."
"Os bandidos estavam bem vestidos" = "Eram todos brancos. E não tinham cara de pobres."
"Bandidos de classe média" = "Porque bandido tem que ser pobre. Ou vice-versa."
"Bon vivant" = "vagabundo/excêntrico"
"Ele tinha uma vida de luxo" = "Era um empresário rico, e/ou bicheiro."
Algo foi feito "sem alarde" = "Fomos furados, e a concorrência deu antes."
Governo faz algo e "causa polêmica" = "Nós não entendemos muito bem o que aconteceu, mas a fonte que nos passou a informação é da oposição e está p*.* da vida."

O que um jornalista de redação entende quando um(a) assessor(a) de imprensa diz:
"Gente, essa é a última pergunta." = "Galera, fique à vontade, eu e o entrevistado não temos mais nada para fazer hoje."
"Você pode me mandar essa pauta por e-mail?" = "Não ouvi e não anotei nada do que você falou nos últimos 15 minutos. Estou enrolado(a) com outros 18 clientes."
"Já te ligo." = "Não te ligo."
"Vou ver qual o melhor horário para ele te atender." = "Ele não vai falar."
"Pode deixar, vou procurar um posicionamento da empresa e te retorno." = "Não tem a menor chance de o meu cliente falar com você."
"Oi. Estamos atualizando nosso mailing. Você poderia me confirmar alguns cargos aí da redação?" = "Você pode me passar os nomes e telefones de todo mundo que trabalha aí durante duas horas, sem receber nada em troca, porque meu chefe não quer pagar um serviço que já faz isso?"
"Qual o dia do seu aniversário? Qual seu endereço residencial?" = "Vamos te mandar um iPad de jabá. Talvez um carro."
"Você pode me mandar a matéria quando sair?" = "Eu não leio jornal."
"Quem aí cobre economia?" (ligando para um jornal ou agência que só cobre economia) = "Eu não faço ideia de para onde eu estou ligando."
"Me passa o número do seu celular?" = "Vou te ligar domingo ou sábado à noite."

O que entender quando um jornalista diz ao entrevistado (ou ao assessor):
"Desculpe ter ligado no seu celular." = "Perdeu, playboy!"
"É só um encontro de aproximação, não é uma entrevista." = "Isso, se o boçal do meu chefe não fosse me encher o saco para eu escrever uma matéria, mesmo eu tendo dito que era só um encontro para fazer fonte e que ele diga sempre que eu preciso fazer este tipo de coisa."
"A pauta caiu." = "Graças a Deus."
"Na última vez em que a gente se falou eu estava no (nome do jornal ou da revista)." = "Olha como eu sou fodão. Já trabalhei num lugar melhor, antes de vir para esse jornal mural de bairro."
"Consegui estender o prazo da matéria para vocês poderem falar." = "Minha matéria foi para a gaveta, talvez caia."
"Você pode confirmar se isso que eu estou escrevendo está certo?" = "Posso te ler ou te enviar a matéria para você revisar?"
"Você tem mais alguma coisa a acrescentar?" = "Não consegui tirar uma notícia, até agora, de tudo o que você falou. Por favor, me ajude."
"Nossa linha editorial" = "Conjunto de regras subjetivas e não escritas que servem como desculpa para toda decisão que tomamos com objetivo de favorecer nossos amigos e prejudicar nossos inimigos, coincidindo com os movimentos lunares, da maré e do humor do chefe e/ou do dono do jornal."
"Esse assunto é muito específico." = "Não vamos cobrir isso nem a pau, assunto chato do cacete."
"Puxa, não vamos conseguir cobrir o evento..." = "Você tá doido(a)?! Faz alguma ideia de para onde você ligou e de que tipo de assuntos nós cobrimos antes de mandar essa sugestão ridícula?!"

"Me passa o número do seu celular?" = "Vou te ligar domingo ou sábado à noite."

O que um jornalista entende quando o outro diz:
"Você quer que eu corte?" (repórter pergunta ao editor) = "Deixa eu editar o meu próprio texto para não correr o risco de você fazer a merda de cortar justamente a melhor parte, como costuma acontecer."
"Você quer que eu corte?" (editor pergunta ao repórter) = "Solta logo essa merda! Não vai atrasar o fechamento de novo!"
"Quer que eu corto?" = O mesmo significado das duas alternativas anteriores, só que em São Paulo.
"A partir de agora, todos os repórteres serão multimídia, escreverão para o jornal, o site e ainda farão vídeo." (editor fala à sua equipe) = "Você trabalhará mais ganhando o mesmo salário."
"Se souber de alguém interessado nesta vaga..." (um colega pergunta ao outro, por e-mail) = "Essa vaga é a sua cara, caso você já esteja de saco cheio e desiludido com o seu emprego novo, depois de ver que tem o mesmos problemas do anterior..."
"A operadora de telefonia celular X está com um problema seríssimo em sua rede, temos que apurar." (algum editor-executivo fala ao pauteiro ou repórter) = "Minha mulher (meu marido) está com problema no aparelho dele, provavelmente porque não sabe usar. Vocês podem mobilizar a operadora inteira para resolver isso?"
"Teve um passaralho lá no jornal.." (um colega conta ao outro, de outro veículo) = "Tô ferrado. Se souber de algum frila, me fala."

O que um jornalista entende (ou deveria entender) quando o RH diz:
"Nossa empresa tem benefícios." = "Nossos funcionários têm desconto de 10% na assinatura do jornal que eles mesmos fazem, sobre o preço cheio de banca, o que significa que você pagará mais do que um mortal assinante em qualquer promoção ridícula que fazemos em que o sujeito ainda leva a revista Veja de graça, um microondas, ou uma travessa de vidro."
"Todos nossos funcionários têm os mesmos benefícios." = "O plano de saúde da chefia é muito melhor, ainda que eles também ganhem muito mais e possam pagar médicos melhores. Pobre não tem doença que precise ser tratada no Einstein. Ah, o bônus dos editores-executivos também é desporporcionalmente maior, afinal quem faz vender mais jornal e anúncios são eles, e não você, que se ferra e se preocupa em fazer matérias diferentes diariamente."
"O jornal só tem a ganhar com essa sinergia." = "Claro, é você que vai sair perdendo com esse nome mais bonito que demos para a mais-valia."
"[Fulano(a)] será promovido(a) ao cargo de [repórter/editor/redator/diagramador]-especial" = "Queríamos dar um aumento a todo custo para ele(a) porque ele(a) é amigo(a) do chefe, mas não tínhamos como justificar isso para o resto da redação, já que teria gente que mereceria muito mais. Por isso, inventamos essa novo cargo ridículo, afinal todos têm que acreditar que temos plano de carreira."
"Temos plano de carreira." = "Você entra como estagiário, um dia é promovido a repórter por R$ 10,00 a mais, só para passar a pagar Imposto de Renda, perde sua vida pessoal e familiar, trabalha aqui até morrer, morre, e nós abrimos novas vagas no curso de trainees. No meio do caminho, você verá amigos da chefia sendo promovidos sem muito esforço. Isso, claro, se antes disso não tivermos como plano para sua carreira que você vá trabalhar em outro lugar, morrer de fome, ou viver de frila, e te joguemos num passaralho com a desculpa de que você 'ganha bem' e o jornal precisa cortar custos."
"O caderno em que você trabalha será descontinuado." = "Sifu."

Outros posts jornalísticos:
Como jornais, sites, revistas e a TV noticiarão o fim do mundo
Eu tô no jornal ("Então, é Natal" para jornalistas)
A culpa é da mídia
Dia de Jornalista
Manchetes de Carnaval
Capas de fim de ano: o que querem realmente dizer
Ai se eu escrevo: Michel Teló para Jornalistas
Diálogos que adoraríamos ver na TV
Jornalista de Novela

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Vida de aspas é difícil

Quando uma lei mandar escrever algo, você não precisa incluir as aspas.

Olá. Nós somos as aspas. Isso: "as" aspas. Não somos uma só, mas só aparecemos e nos pronunciamos juntas, como irmãos gêmeos que são obrigados pelos pais a usarem roupas idênticas. É "nós".

Na verdade, na maioria das vezes, andamos mesmo é em bando, em dupla no começo e em dupla no fim de algum trecho importante, dando toda pompa e circunstância a alguma bobagem escrita (ou falada, infelizmente), como numa exibição de nado sincronizado, só que sem aquele sorriso medonho das nadadoras quando saem da água e sem nada prendendo o nosso nariz.

O motivo desta carta (conjunta, claro) é protestar contra essa superexposição pela qual temos passado, e contra tantas bobagens que vêm sendo feitas em nosso nome. Ou melhor, "em nosso nome". Recentemente, ganhamos até programa na televisão (o "Entre Aspas", da GloboNews). E somos usadas com frequência para atribuir frases toscas de autoajuda Arnaldo Jabor e a Clarice Lispector.

Em tempos de internet, é só um engraçadinho falar uma gracinha, e ele já taca um par de aspas em volta, como se estivesse fazendo aquele sinalzinho com as mãos no ar e dizendo "entre aspas" (sem aspas) para um público disposto a rir de seu "brilhantismo".

Tem até professor que diz por aí que, dependendo da forma usada no texto (no caso, as tais «aspas angulares»), nós queremos dizer justamente "entre aspas", como se não fôssemos moças sérias e "quiséssemos dizer" alguma coisa. A maior sutileza que nos permitimos é aparecer na forma das 'aspas simples' quando dentro de um trecho já grifado por nós.

Mas nossa maior frustração é mesmo com a carreira na área de programação visual, na qual pretendíamos trabalhar apenas nos bastidores. Somos exibidas nos lugares mais indignos, como contratos ou adesivos em portas de banheiros e de elevador. É só o cliente, ou chefe, ter uma ideia de frase incrível, mandar por e-mail, entre aspas, apenas para o sujeito do outro lado saber onde o texto começa e onde termina, que o infeliz copia, cola e imprime tudo, levando a gente junto com a frase para tudo quanto é tipo de lugar, o que nunca foi nossa intenção.

Esperamos ser melhor compreendidas daqui para frente.

Fecha aspas.

Se o atendimento fosse bom mesmo, teriam lembrado de apagar as aspas do slogan

Mais sobre agressões à língua portuguesa:
Vírgula pergunta: Salve Jorge do quê?
Carta da vírgula na era da exclamação
Reforma Hortográfica e a Nova Dramática Brasileira
Publicidade desserviço(ou: As piores estratégias de marketing)
Dicionário Rio x São Paulo de Gírias e Afins

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Nova campanha

Definitivamente, as novelas da Globo têm um problema com a tecnologia...


*Inspirado em post no Facebook de Cyro Andrade.

Outros posts novelísticos:
Quem matou sereia?
Vírgula pergunta: Salve Jorge do quê?
Avenida Brasil e Star Wars: cretinas semelhanças
Como seriam Rio e SP se fossem iguais à publicidade e à TV
Jornalista de Novela
Cenas dos próximos capítulos de Avenida Brasil
Avenida Brasil não terá fim, atendendo Procon. Emigração explode com receio de fim da novela
Extra! Carminha e Max começaram em Vale Tudo!
E se a Avenida Brasil da novela fosse a de SP?
Álbum de Figurinhas Avenida Brasil
Nina ensina como se dar bem na carreira
Carminha declara apoio a Haddad
A Nina Pira

Música para quem começa o dia espirrando


É um ácaro.

Para entender (ou não), clique aqui.

Outros pensamentos e cretinices da internet:
Próximas perguntas do Facebook
Aviso de Inutilidade
Viral do fim de semana: Joaquim Barbosa
Defina "rede social"
A vida vista pelo Instagram
Defina "vida"
Hatebook, a rede antissocial
Selo Oversharing
Perdi meu Uísque na Balada, Perdi meu tempo na internet

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Viagem levando a patroa

Trate bem sua empregada.
(Para ver o vídeo, clique aqui.)
Ao contrário da Cleide, não sou totalmente dependente da patroa e odeio dormir no serviço, a não ser quando estou sem paciência para as frescuras dela, e tiro um cochilo no sofá vendo Sessão da Tarde.

Naquela época em que ela casou com o Seu Ricardo Antônio, eu achava que ela já era meio fresca, e, agora, com um menino de quase dois anos e um bebê, acho que ela é mesmo completamente louca. Confesso que me divirto quando vejo ela falando cheia de dedos comigo por medo de eu ir embora, já que quase ninguém mais quer fazer este tipo de serviço.

Na minha opinião, em algumas ocasiões, as patroas são extremamente úteis, como na época do pagamento. Em outras, são item de “terceira” categoria, apesar de ricas. Se bem adestradas, elas podem quebrar um galho danado e servir como desculpa para quando você não quiser sair com aquele macho que vive te pentelhando.

Bom, a primeira vez que levei a minha patroa para sair foi quando o marido dela viajou para São Paulo, disse que ia sair com os amigos e a tonta acreditou. Ela delirou, claro, perguntando se íamos de táxi a Madureira, mas logo tava se esbaldando na SuperVia, depois de tomar umas Itaipavas, achando que vida de pobre é uma maravilha. O problema é que os seguranças da estação estavam nos obrigando a ocupar o espaço onde só cabia meia pessoa. Ela adorou aquele cheiro de povo.

A estreia da minha patroa foi logo num baile funk. Chegando lá, deixei claro para ela que ela não podia sair dando mole para qualquer um, não, porque subúrbio não é bagunça, não pode pegar o homem da outra, o que acontece direto na Zona Sul. Foi assim que meu pai me ensinou e eu dou muito valor. O primeiro ponto que deve ser deixado claro é esse. Uma das coisas que a Cleide me ensinou é que muitas patroas só têm dinheiro, mas não nascem sabendo como se comportar. Se o marido dela não liga de ela ser uma periguete, eu não estou nem aí.

Segundo ponto importante: se a patroa sai comigo, tem que comer o mesmo podrão que vende na porta do baile. Sem essa de "já comi", "tô de dieta". Já chega a frescura de ter que fazer comida sem sal e sem gordura na casa dela. Se sai comigo, quer tirar onda de que é minha amiga, e não quiser que eu a processe quando for embora, vai ter que comer a mesma coisa que eu e minhas amigas. Uma coisa que eu faço, enquanto ela perde tempo procurando o cardápio e escolhendo os ingredientes, é mandar o Cléber do trailer descer um X-Tudo bem carregado e entregar na mão dela. Depois, deixo para ela pagar, pois, lembre-se, é ela que tem dinheiro, afinal.

O segundo passeio que fizemos juntas foi para Iguaba (leia-se "Praia Grande", em São Paulo). Dessa vez, eu me vinguei. Levei meus filhos e deixei ela brincando com eles. Acho que foi muito útil a presença dela, primeiro para andar atrás do Washington na areia, porque ele gosta de ver as coisas. Eu deixei ela comer o que quisesse, ela se esbaldou com picolé vagabundo, que você chupa e fica só o gelo, tentei avisar para não comer o camarão, mas ela não me ouviu.

Mas tudo o que disse depende muito da patroa, pois algumas patroas muito frescas podem proceder como se estivessem em casa, ou estarem "mal acostumadas" e isso pode não ser adequado para você. Ou seja, se a família dela não deu educação, ela vai achar que na vida real é assim. Cabe à empregada, ou babá, colocar a patroa no seu devido lugar, para não passar a odiá-la pelo excesso de convivência.

*Texto em resposta ao bizarro "Viagem levando babás", do blog "Viajando com Filhos", retirado do ar após a repercussão negativa. Aqui embaixo, seguem as capturas das telas originais (sem os rostos das crianças e da coitada da babá, cuidado que a autora não teve), assim como a tentativa de retratação. Para ler, sugiro clicar com o botão direito do mouse na imagem desejada, para abri-la em uma outra aba/guia, e poder dar zoom à vontade, ou abri-las em outro programa:

Se preferir ler em texto, fora da formatação original, em outro site, clique aqui.

Outras cartas e conversas:
Casal em trânsito
Diálogos que adoraríamos ver na TV
Dias (ou Noites) Modernos(as)
Papo Masculino
A seguir, cenas dos próximos capítulos
Carta da vírgula na era da exclamação

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Quem matou Sereia?

A cantora baiana e assassinada Suelen
Como tem muito tempo que este blog não fala de novela, "Salve Jorge" é chata bragarai e pega mal a pessoa que tem um emprego formal assumir que acompanha a novela das 18h ("Lado a Lado", única que presta no momento), segue aqui um rápido quiz para você ajudar a desvendar o mistério da semana. Eis os suspeitos.

Leleco:

Noêmia:

Olenka:

Duda Mendonça:

Gabriel Braga Nunes, o Léo (Carlinhos de Jesus):

Carminha:


Leila:

Claudia Leittte:

Ivete Sangalo:

Daniela Mercury:

Ursula, a Bruxa do Mar:

Ela mesma:

Outros posts folhetinescos:
Vírgula pergunta: Salve Jorge do quê?
Avenida Brasil e Star Wars: cretinas semelhanças
Como seriam Rio e SP se fossem iguais à publicidade e à TV
Jornalista de Novela
Cenas dos próximos capítulos de Avenida Brasil
Avenida Brasil não terá fim, atendendo Procon. Emigração explode com receio de fim da novela
Extra! Carminha e Max começaram em Vale Tudo!
E se a Avenida Brasil da novela fosse a de SP?
Álbum de Figurinhas Avenida Brasil
Nina ensina como se dar bem na carreira
Carminha declara apoio a Haddad
A Nina Pira

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Casal em trânsito

—Xi, acabou de passar.
—Como assim?
—Era para ter entrado ali.
—E você só me avisa agora, Maria Alice?
—Desculpe, estava retocando a maquiagem.
—Tudo bem, eu é que deveria estar de co-maquiador. Vou pegar a próxima paralela e voltar.
—Como assim, paralela, Arnaldo Augusto? Estamos em São Paulo. Se você pegar a paralela, vai cair em outro bairro, quiçá outra dimensão.
—Alguma sugestão?
—Melhor parar e perguntar.
—Eu?! Pedir informação na rua?! Nem pensar.
—Tudo bem, podemos continuar rodando a noite toda. O jantar já deve estar sendo servido. A Maria Clara é muito pontual.
—Já sei, vou pegar a Marginal.
—A essa hora, no fim do ano? Vai estar parada.
—Eu pego a pista expressa.
—Arnaldo, só você acredita nesse nome, "pista expressa". Você também deve acreditar que todo carro com aquele adesivo "reportagem" em letras garrafais é realmente de alguma TV ou jornal.
—E não são?!
—Eu não entendo por que todo mundo xinga tanto a Marginal, mas corre para ela sempre que algo dá errado. Parece taxista, que pega a Marginal até para cruzar a Paulista.
—Eu devia mesmo era ter comprado um táxi. O carro já é branco, todo mundo faz sinal na rua. Pelo menos, poderíamos usar o corredor de ônibus quando estivéssemos juntos.
—É verdade, e você ainda poderia fazer uns bicos na volta de casa para o trabalho...
—Bem, isso explicaria por que tem tanto táxi em São Paulo.
—É. Vai ver, esse pessoal todo trabalha no banco, junto com você, Arnaldo. Pelo menos, não estamos no Rio, você não vai precisar ter um carro amarelo com uma faixa azul do lado.
—Taxista conta cada história, Maria Alice...
—O quê? Que pegou uma passageira linda que não tinha dinheiro para pagar a corrida?
—Você já pegou esse táxi, Maria Alice?!
—Todo taxista conta essa história, Arnaldo! Eles são tipo pescadores, no que se refere à criatividade.
—É verdade. Senão, todo mundo ia querer ser taxista. Nenhum garoto mais ia querer ser bombeiro, super—herói, Eike Batista...
—Já passou das dez, Arnaldo. Você sabe para onde estamos indo? Tem certeza que precisa pegar a Dutra para chegar na casa da Maria Clara e do César Augusto?
—É, acho que vamos ter que desistir. Será que, se voltar para casa ainda dá para assistir o segundo tempo do jogo?
—Alô! Maria Clara? Querida, o Arnaldo tá com uma gripe danada, não vamos conseguir sair de casa...

Outras conversas:
Diálogos que adoraríamos ver na TV
Dias (ou Noites) Modernos(as)
Papo Masculino
A seguir, cenas dos próximos capítulos
Mais sobre São Paulo:
Rio x São Paulo: Manual de Adaptação
Saint Paul: São Paulo para gringos
E se a Avenida Brasil da novela fosse a de SP?
Dicionário Rio x São Paulo de Gírias e Afins

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Imagem do Dia

Esse Messi é mesmo muito competitivo. Até em mau-gosto estético, ele quer superar o Neymar...
Para entender, clique aqui.

*Livremente inspirado (sem autorização, portanto) em post no Facebook do amigo e leitor (?) Danilo Vivan.

Outros posts publicitários:
Publicidade desserviço (ou: As piores estratégias de marketing)
Portfólio (ou: Por que não virei publicitário)
Mais posts de moda esportiva:
Vai, Timão!
Veta, Dilma!
Fluminense e Botafogo disputam piadas sobre Corinthians.
Torcida corintiana passa a da seleção

Globo transmitirá Copa de 2014 em 2015.
Chael Sonnen pede revanche contra o canal

Globo cancela ida do homem à lua e substitui Olimpíadas por Mensalão
Eike Batista admite fazer uso de craque
Foi, Curíntia!

Como transformar o BBB num programa de verdade

É tosco, mas é meu.
O ano mal começou, e já vem aí a paixão vergonhosamente nacional que é o BBB. Pelo visto, não há jeito de se livrar do programa, que domina as rodas de conversas nos primeiros três meses do ano, nem que seja com a desculpa de debater quem será a gostosa que vai sair na Playboy primeiro. Com o intuito de ajudar a Globo a melhorar o BBB e transformá-lo num programa que não frite o cérebro da população brasileira, segue aqui uma lista de sugestões (pelo menos, para as próximas edições):

1) Proibir os participantes de gritar "uhuuu" quando entrarem na casa, estiverem felizes ou simplesmente tiverem vontade.
2) As provas para liderança ou qualquer coisa serão ler mais de dez páginas de um clássico. Não vale ler na esteira ou na bicicleta ergométrica.
3) Testar a Dieta do Carboidrato nos participantes. Será muito mais divertido vê-los engordar do que vê-los malhar.
4) Proibir os participantes de usarem expressões como "isso aqui é um jogo", ou palavras como "afinidade", na justificativa do voto para quem mandar ao paredão. A não ser que o participante comprove realmente saber o significado dessa palavra ou qualquer outra.
5) Proibir as (os) participantes de darem mole para o Bial.
6) Proibir o Bial de comer as participantes.
7) Entregar o prêmio em títulos de capitalização do Baú da Felicidade, Papa Tudo ou barras de ouro do Silvio Santos.
8) Para fazer jus ao prêmio, o vencedor não poderá cometer mais de dez erros graves de concordância ou de geografia do Ensino Fundamental no período de confinamento.
9) Quer festinha sábado à noite? Então, arruma a casa antes e limpa depois do evento. Aproveita e aprende a lavar as próprias roupas.
10) Cada pessoa que ligar para votar no BBB perderá o direito de votar nas próximas eleições.
11) Se ligar na final, passará a vida recebendo ligações de telemarketing, às 7h da manhã.
12) Criar a cota para pessoas inteligentes (depois da cota para negros, gays, transexuais, nerds, só falta essa classe oprimida).
13) O(a) participante que disser que está no programa pela experiência, para fazer amigos e que não quer ganhar terá seu desejo imediatamente atendido e será automaticamente desclassificado(a).
14) O(a) participante que tiver crise de choro com saudade da família ou do(s) filho(s) será automaticamente transferido para A Fazenda, da Record (não a de Brasília ou qualquer outra do interior).
15) Passar um filme iraniano ou do Lars Von Trier no lugar do BBB.

Outros reality posts:
Pay Per Not View: Dicas para não saber do BBB
Como seriam Rio e SP se fossem iguais à publicidade e à TV
Mais sobre as alegrias da televisão:
Como jornais, sites, revistas e a TV noticiarão o fim do mundo
Diálogos que adoraríamos ver na TV
Manchetes de Carnaval
Como comentar competições esportivas
Homem ameaça se matar porque não aguenta mais ouvir música do Criança Esperança
Especial Roberto Carlos